Pessoas que correm, mesmo em velocidades baixas,
por pelo menos cinco minutos por dia reduzem seu
risco de morte prematura em quase um terço e
estendem as suas vidas por cerca de três anos.
É o que diz um novo estudo promovido em Dallas, nos
EUA. Os pesquisadores examinaram os hábitos de
exercício de mais de 55.000 adultos, por um período
que variou entre seis e 22 anos. Cerca de 24% dos
adultos se descreveram como corredores. Em
comparação com aqueles que não correm, aqueles que
o fizeram tiveram 30% menos probabilidade de morrer
de qualquer causa durante o curso do estudo.
Eles também tiveram 45% menos probabilidade de
morrer em decorrência de doenças cardiovasculares.
Estes números foram ajustados para levar em conta os
hábitos tabagistas e etilistas das pessoas, quantos
anos elas tinham quando foram incluídas no estudo,
histórico de saúde de suas famílias e seus outros
hábitos de exercício. Em outras palavras, não
corredores eram 24% mais propensos do que os
corredores a morrer durante o período do estudo.
Mas a melhor notícia para os preguiçosos é que a
velocidade da corrida ou o tempo do exercício não
precisam ser muito altos. Os pesquisadores dividiram
os cerca de 13.000 corredores em cinco grupos com
base em quantos minutos eles haviam corrido por
semana. Aqueles no grupo mais devagar correram até
50 minutos ao longo de um período de sete dias, e os
do grupo mais atlético correram por mais de 175
minutos ao longo de uma semana.
O estudo descobriu que os benefícios da corrida foram
praticamente os mesmos para todos os corredores.
“Correr mesmo em doses mais baixas ou em
velocidades mais lentas também leva a benefícios
significativos”, dizem os pesquisadores. Eles também
mediram a corrida de outras maneiras – por distância
total semanal, frequência, velocidade e “o montante
total de exercício” (que foi calculado multiplicando a
duração e a velocidade). Em todas as categorias, até
mesmo os corredores em grupos mais contidos foram
menos propensos a morrer durante o estudo do que os
não corredores.
Os pesquisadores calculam que, para reduzir o risco de
morte prematura, bastam de 30 a 59 minutos de corrida
por semana. “Esta descoberta tem uma importância
clínica e de saúde pública”, afirma a equipe conjunta da
Universidade do Estado de Iowa, da Universidade da
Carolina do Sul, da Universidade do Estado da
Louisiana e da Escola de Medicina da Universidade de
Queensland. “O tempo geralmente é uma das barreiras
mais fortes para alguém participar de uma atividade
física. Este estudo pode motivar mais pessoas a
começar a correr e continuar a fazer isso com uma meta
de saúde atingível”.
As pessoas que não podem dedicar 15 ou 20 minutos
de atividade física moderada por dia podem aproveitar a
eficiência de um prazo de cinco minutos, acrescentam
os cientistas.
Se todos os não corredores do estudo tivessem tomado
uma atitude nesse sentido, 16% das 3.413 mortes que
ocorreram durante a pesquisa poderiam ter sido
evitadas. Isso teria salvo 546 vidas.
Não é claro se os resultados deste estudo se aplicam a
todos. A maioria dos adultos que foram acompanhados
tinham educação em nível superior, eram de classe
média ou classe média alta e brancos. No entanto, os
pesquisadores notaram que as “características
fisiológicas” dos participantes do estudo eram
“semelhantes” às de amostras mais diversificadas.
“É preciso avisar os pacientes que a inatividade pode
levar a um aumento de 25% de doenças cardíacas e um
aumento de 45% na mortalidade por doenças
cardiovasculares, para não mencionar um aumento de
10% na incidência de câncer, diabetes e depressão”,
dizem os pesquisadores.
Artigo (LA TIMES)
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